Dezenas de pessoas de Monteiros e Veral, concelhos de Vila Pouca de Aguiar e Boticas, respetivamente, estiveram reunidas a 8 de janeiro no almoço de convívio entre as duas aldeias transmontanas.
O encontro decorreu em Monteiros que faz parte da Freguesia do Bragado, cujo autarca é João Videira. Já do lado de Boticas, Veral integra a Freguesia de Codessoso, Curros e Fiães do Tâmega, liderada por Camilo Pires. De entre os muitos “Amigos da Ponte de Arame Monteiros-Veral”, está a habitante de Monteiros Maria Olímpia Mourão e o morador de Veral Adriano Gonçalves com um forte sentimento de pertença a estas terras transmontanas.
O presidente da Câmara de Vila Pouca, Alberto Machado e o presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga afirmam que as respetivas autarquias estão dispostas a cooperar, técnica e financeiramente, para integrar uma solução do Governo e da concessionária Iberdrola, que assegure a reposição da ligação pedonal sobre o rio Tâmega, ainda existente, mas que parece ter os dias contados para o último trimestre de 2023 com o enchimento de albufeira da barragem do Alto Tâmega.
Um grupo de pessoas de Veral fez a caminhada de 1.600 metros com travessia pela ponte de arame, sendo recebidos pelos residentes de Monteiros e outro grupo fez a viagem de autocarro entre as mesmas aldeias numa distância que é de 54 quilómetros. Uma diferença enorme no tempo e espaço para quem atravessa todos os dias de um lado para o outro da margem para falar com um familiar, trabalhar nas terras, transportar bens ou estar com amigos.
As pessoas acreditam que vão conseguir que a ligação sobre o rio Tâmega venha ser reposta, mantendo e até reforçando os laços entre os portugueses com ligação afetiva à região, mas este ano de 2023 terá de trazer sinais mais fortes, medidas concretas e os primeiros trabalhos de execução para uma nova travessia entre os dois concelhos do Alto Tâmega.