A Concelhia do Partido Socialista de Vila Pouca de Aguiar reagiu em comunicado à noticia do encerramento da Unidade de Cuidados Paliativos. O PS considera que a Câmara Municipal respondeu tarde ao possível encerramento da unidade e considera que “um serviço de excelência jamais pode fechar”.
Comunicado PS Vila Pouca de Aguiar
” Conforme é do conhecimento de todos os Aguiarenses, foi tornado público que a Unidade de Cuidados Paliativos de Vila Pouca de Aguiar será transferida para o Hospital de Chaves em maio de 2023, data em que estará concluída a empreitada no Hospital de Chaves.
A Concelhia do Partido Socialista de Vila Pouca de Aguiar é contra este encerramento, por se tratar de um serviço de excelência, pelo apoio que este presta às famílias, pela dignidade que este serviço dá aos seus utentes, pelo emprego que gera numa terra já tão desertificada, bem como, pelo trabalho de voluntariado que é desenvolvido. Nesse sentido, durante os últimos meses a Concelhia do Partido Socialista de Vila Pouca de Aguiar fez uma série de diligências junto das entidades competentes, no sentido de perceber os contornos deste caso, nomeadamente a reversão da decisão ou as possíveis alternativas, sendo que nos foi comunicado que o processo é irreversível.
A 21 de fevereiro de 2021, o Presidente da Câmara de Chaves, Dr. Nuno Vaz, em declarações à Sinal TV, anunciava a criação da Unidade de Paliativos em Chaves, tendo referido que o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), tinha lançado em Diário da República um concurso público para a execução da empreitada no hospital de Chaves, por um valor de 775.335,00 €, que abrangia os concelhos de Chaves, Montalegre, Boticas, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena. Posto isto, podemos concluir assim, que o Executivo Camarário de Vila Pouca de Aguiar, liderado pelo PSD, já sabia há mais de dois anos desta decisão, escondendo aos Aguiarenses esta situação, tendo-se mantido em silêncio até agora.
Assim, estranhamos que durante mais dois anos e quando ainda era possível reverter o processo, a Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar não tenha realizado diligências junto das entidades e venha agora a três meses do fecho deste serviço e quando a obra no Hospital de Chaves está praticamente concluída, para a Comunicação Social, numa política baseada na mentira, demagogia e no populismo que se traduz numa clara tentativa de enganar os Aguiarenses, de enganar o Movimento Cívico que se criou à volta da causa, bem como, enganar os funcionários e voluntários da Unidade de Cuidados Paliativos. Como diz o ditado “Depois da casa roubada, trancas à Porta!”. Aliás, este tipo de movimentação política por parte do PSD já não é nova, mas sim, um rótulo e linha orientadora, pois ainda recentemente criou movimentos para a manutenção da Ponte de Arame de Parada de Monteiros, tendo aprovado há alguns anos o seu desaparecimento quando deu o parecer favorável aos projetos das Barragens.
Esta movimentação, do atual executivo camarário, foi motivada pelo movimento cívico que surgiu no passado mês de janeiro e que já recolheu mais de 1200 assinaturas, caso este movimento não tivesse aparecido, talvez hoje ainda estivessem em silêncio.
A Concelhia do Partido Socialista de Vila Pouca de Aguiar entende que durante estes mais de dois anos, deveriam ter sido realizadas diligências por parte do município, no sentido de travar este processo, ou encontrar uma outra solução para manter operacional esta unidade, e/ou até transformá-la numa unidade com outra tipologia, mas nada fez! Para além disto, e tendo em conta que o Executivo sabe que a manutenção Unidade de Cuidados Paliativos em Vila Pouca de Aguiar é irreversível, não defende publicamente soluções alternativas para este espaço, como, por exemplo, criar uma Unidade de Cuidados Continuados, entregue à Santa Casa da Misericórdia, ou a uma IPSS.
Em suma, podemos concluir, que mais uma vez, o executivo camarário mostrou que é incapaz de dar resposta às necessidades dos Aguiarenses, e que está à vista de todos a sua falta de iniciativa para resolver os nossos problemas “.